sexta-feira, 8 de maio de 2009

Poema do homem-rã

Sou feliz por ter nascido
no tempo dos homens-rãs
que descem ao mar perdido
na doçura das manhãs.
Mergulham, imponderáveis,
por entre as águas tranquilas,
enquanto singram, em filas,
peixinhos de cores amáveis.
Vão e vêm, serpenteiam,
em compassos de ballet.
Seus lentos gestos penteiam
madeixas que ninguém vê.


Com barbatanas calçadas
e pulmões a tiracolo,
roçam-se os homens no solo
sob um céu de águas paradas.


Sob o luminoso feixe
correm de um lado para outro,
montam no lombo de um peixe
como no dorso de um potro.


Onde as sereias de espuma?
Tritões escorrendo babugem?
E os monstros cor de ferrugem
rolando trovões na bruma?


Eu sou o homem. O Homem.
Desço ao mar e subo ao céu.
Não há temores que me domem
É tudo meu, tudo meu.

António Gedeão

8 comentários:

Susn F. disse...

Aguardo palavras tuas Gisa.

Boa Semana.

Miss* Duvalle disse...

hehehe :))

Tudo teu :))

O homem rá...!!
É tudo verde, a rã, o verde da susana e o meu comboio.lol

Ai que verdinhas;)

Susn F. disse...

Não tinha pensado nisso lol.

Pamita... podias aderir a esta 'corrente' verde...

Bjinhos para todas

Gisa disse...

Quem disse que a "minha" rã é verde? Olha que não é... mas podia ser... lool =p é cor de homem `)

As minhas palavras? Hummm, um texto "meu"? há tantos lindos para colocar... os meus não estão preparados para sair do "baú" `)

Conversa Inútil de Roderick disse...

Compasos de ballet? Se os homens rã leem isto! ai ai

Susn F. disse...

Gisa: Os teus textos estão mais que preparados, só depende de ti...

Bjinhos verdes

pamita star disse...

Eh pá, é o que eu digo, o que seria de mim sem vós? Ficava eternamente ignorante, a sério!

"Eu sou o homem. O Homem.
Desço ao mar e subo ao céu.
Não há temores que me domem
É tudo meu, tudo meu."

Gosto muito deste.
E também adoro manhãs, acho-as tão doces.

pamita star disse...

Quem é o nosso amigo RoDeRiCk? Até é simpático...