no tempo dos homens-rãs
que descem ao mar perdido
na doçura das manhãs.
Mergulham, imponderáveis,
por entre as águas tranquilas,
enquanto singram, em filas,
peixinhos de cores amáveis.
Vão e vêm, serpenteiam,
em compassos de ballet.
Seus lentos gestos penteiam
madeixas que ninguém vê.
Com barbatanas calçadas
e pulmões a tiracolo,
roçam-se os homens no solo
sob um céu de águas paradas.
Sob o luminoso feixe
correm de um lado para outro,
montam no lombo de um peixe
como no dorso de um potro.
Onde as sereias de espuma?
Tritões escorrendo babugem?
E os monstros cor de ferrugem
rolando trovões na bruma?
Eu sou o homem. O Homem.
Desço ao mar e subo ao céu.
Não há temores que me domem
É tudo meu, tudo meu.
António Gedeão
8 comentários:
Aguardo palavras tuas Gisa.
Boa Semana.
hehehe :))
Tudo teu :))
O homem rá...!!
É tudo verde, a rã, o verde da susana e o meu comboio.lol
Ai que verdinhas;)
Não tinha pensado nisso lol.
Pamita... podias aderir a esta 'corrente' verde...
Bjinhos para todas
Quem disse que a "minha" rã é verde? Olha que não é... mas podia ser... lool =p é cor de homem `)
As minhas palavras? Hummm, um texto "meu"? há tantos lindos para colocar... os meus não estão preparados para sair do "baú" `)
Compasos de ballet? Se os homens rã leem isto! ai ai
Gisa: Os teus textos estão mais que preparados, só depende de ti...
Bjinhos verdes
Eh pá, é o que eu digo, o que seria de mim sem vós? Ficava eternamente ignorante, a sério!
"Eu sou o homem. O Homem.
Desço ao mar e subo ao céu.
Não há temores que me domem
É tudo meu, tudo meu."
Gosto muito deste.
E também adoro manhãs, acho-as tão doces.
Quem é o nosso amigo RoDeRiCk? Até é simpático...
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